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Foto do escritorAriana Veloso da Fonseca

Rio Nilo e Mar Vermelho, Egipto

Li muito sobre o Egipto antes da viagem, estudei os templos e a mitologia ao pormenor, organizei tudo durante meses, mas nada me preparou para o confronto com a realidade que aqui vivi.


Voámos do Cairo para Assuão, situada a sul do Egipto, numa manhã bem cedo. Fomos recebidos pelo guia Mohamed Elkady no aeroporto com um cartaz. De seguida, fomos ao encontro do Ramón e do Yoneiri, dois dominicanos a viver em Nova Yorque, que se tornaram companheiros inseparáveis.


Nos dias seguintes, viajámos pela história da antiguidade egípcia e explorámos os templos mais fascinantes desta civilização a bordo de um navio de cruzeiro.


"A vida do Egipto é o Nilo: sem o Nilo, o Egipto seria apenas a continuação do deserto Líbico, até ao mar Vermelho. Assim, é o país mais fecundo que ao homem foi dado semear."

O Egipto: Notas de Viagem, Eça de Queiroz, 1869


A primeira paragem foi na barragem de Assuão. A construção megalómana, concluída em 1970, veio, finalmente, controlar as cheias do rio Nilo que há anos atormentavam as povoações e os campos de cultivo.


Resolvidas as questões sociais, foi também necessário atender às implicações patrimoniais. Vários templos e monumentos iriam ficar submergidos no lago Nasser, o maior lago artificial de África. Foi necessário apelar ao apoio da UNESCO e cada monumento foi recolocado a salvo, pedra por pedra, nas margens do lago.


Testemunhámos esta proeza imediatamente a seguir, de um pequeno barco avistámos o Templo de Philae, agora no ilhote Agilkia. O centro de culto à deusa Ísis impressiona pelas figuras gigantes perfilando-se na fachada. O templo da era ptolemaica, sofreu várias alterações ao longo dos séculos, mas a mais recente, datada de 1799, perturba pela ousadia: uma inscrição em francês cravejada numa parede, celebrando a conquista do Egipto pelo exército de Napoleão Bonaparte. Começa assim:


L’AN VI DE LA RÉPUBLIQUE, LE 13 MESSIDOR

UNE ARMÉE FRANÇAISE

COMMANDÉE PAR BONAPARTE

ET DESCENDUE A ALEXANDRIE (…)


Chegámos de barco a Anakato Beach; Crianças núbias brincavam no rio Nilo; Os camelos são frequentes; Chá de hibisco no terraço de uma das casas.

Ao final do dia, saímos novamente para conhecer uma pequena aldeia habitada por uma comunidade de minoria étnica que mantém costumes e tradições ancestrais.


Durante uma curta viagem num barco a motor pelo rio Nilo, percorremos uma infinidade de paisagens. Dunas de areia imitavam montanhas, palmeiras criavam arcadas com a sua folhagem, emoldurando a paisagem, e a constante vegetação verde, irrigada pela proximidade da água doce, cobria campos a perder de vista.


O barco atracou numa praia onde crianças brincavam dentro da água e nós tínhamos uns minutos para nos juntarmos a elas. O calor abafado justificava o mergulho e a água fresca era convidativa, mas apenas molhei os pés. As raparigas egípcias banhavam-se em "burquíni", um fato de banho que cobre as pernas, os braços e o cabelo. Senti que o meu biquíni era demasiado provocador, apesar da assídua presença de turistas naquela zona. Os rapazes sim, mergulharam uma e outra vez nas águas límpidas do Nilo.


A aldeia Gharb Soheil era um encanto. Várias meninas, com rostos alegres e o olhar de uma inocência luminosa, cercaram-nos para que lhes comprássemos porta-chaves com bonecas de madeira. O chão de terra batida abafava a sua correria.


As casas rasteirinhas tinham enormes pátios interiores onde a vida familiar se desenrolava. Convidados a entrar numa, fomos recebidos com um chá de hibisco pela família núbia. Crocodilos do Nilo, vivos ou embalsamados, faziam parte da decoração.


Do terraço, a paisagem deteve-nos uns momentos, os tons pastel do casario diluíam-se entre o céu cor-de-rosa do final de tarde.


Placa a indicar Wadi Halfa, um dos distritos do norte do Sudão; Templo de Ramsés II; Templo da rainha Nefertari, a esposa favorita de Ramsés II; O faraó fez-se representar quatro vezes na fachada do templo, uma das estátuas ruiu devido a um sismo.

No dia seguinte, acordámos cedo. Durante quatro horas, aventurámo-nos pela única estrada que atravessa o deserto, rumo ao sul do Egipto. A planície é solitária, não há uma sombra, um sinal de vegetação, só a nudez hostil do deserto.


O que encontrámos valeu cada minuto do trajeto. O complexo museológico de Abu Simbel é impressionante.


São os maiores templos cravejados na rocha do mundo e foram arquitetados no século XIII a.C. sob ordens do faraó Ramsés II. Estiveram parcialmente cobertos de areia durante milhares de anos e só foram descobertos no século XIX.


O Waleed, o guia que nos acompanhou, mencionou o fenómeno de alinhamento solar que ocorre duas vezes por ano no Templo de Ramsés II. Os raios do sol penetram pelo corredor e a luz incide em três das quatro estátuas que se encontram na câmara interior do templo: no deus Amón, no próprio faraó Ramsés II e no deus Rá. O deus Ptah, associado ao submundo, permanece sempre na escuridão.


A proximidade da fronteira com o Sudão sente-se. O clima é árido, a pele dos guias turísticos e comerciantes é mais escura e o artesanato tribal que vendem não deixam dúvidas: estamos embrenhados em África.


Barco de pescadores no rio Nilo ao amanhecer; Templo Kom Ombo; Templo de Luxor com um obelisco, o seu par encontra-se na Place de la Concorde, em Paris; Hieróglifos no Vale dos Reis.

O passeio de cruzeiro vale por si. Acordar cercada pelo Nilo transmite uma paz e tranquilidade reconfortante. Os barcos de pescadores com quem partilhávamos o rio refletiam-se na transparência verde da água, de uma delicadeza de cristal, embalados por um movimento quase impercetível.


Vivemos momentos alheios à realidade exterior. A boa disposição do staff, os mergulhos na piscina na proa, os cocktails improvisados e a convivência com os outros passageiros, tornaram a viagem memorável.


Contudo, as paragens nas diferentes povoações ao longo do rio eram imprescindíveis. Cada dia cumpríamos o mesmo ritual, saíamos no navio rumo aos templos egípcios acompanhados pelo Mohamed.


Admirada com o exímio estado de conservação de alguns templos, confrontava o nosso guia com questões sobre o restauro e manutenção dos monumentos da antiguidade ao longo de tantos séculos. O Mohamed respondeu banalmente que há duzentos anos ninguém se interessava por eles, foi só a partir do século XIX, quando explorados e curiosos europeus vieram para estes lados, que se começou a prestar a devida atenção ao património.


Sempre navegando para norte, visitámos o Templo Kom Ombo, o Templo de Edfu, o Templo Karnak, o maior, e o Templo de Luxor com uma antiga igreja copta e uma mesquita no seu interior. Por todos os templos, gravuras de faraós, deuses, sacerdotes, servos e agricultores desenrolam-se em cortejo pelas paredes, colunas e pórticos. Só agora, há distância de uns meses, é que conseguimos absorver tudo de maravilhoso que observámos.


As grandes escadarias que antecediam os monumentos eram o palco para vendedores ambulantes lançarem os seus pregões. Tentavam impingir-nos tudo: artesanato tribal, toalhas, papiros, lenços, ímanes para o frigorífico, estatuetas decorativas, pulseiras, etc. Dizer não, obrigada – lá, shukran, em árabe – não demovia estes comerciantes habituados a turistas aos magotes, mas que, com a pandemia, perderam drasticamente a sua fonte de rendimento.


Passeio de balão de ar quente; Crianças foram ao nosso encontro montados nos seus burros; O nascer do sol em Luxor.

Era possível. Nesse dia o despertador tocou ainda mais cedo. Às três da madrugada, arrastámo-nos para fora do camarote. Íamos ver o nascer do sol a partir de um balão de ar quente.


Em Luxor, amanhece às quatro da manhã e, a essa hora, já teríamos de estar a 450 metros de altura para assistir à lenta passagem da luz solar pelas dunas. As caras de sono dos meus companheiros eram iluminadas pelo fogo projetado para dentro do balão, que progressivamente foi ganhando mais e mais altura. De um lado, a lua brilhava, ainda não se tinha escondido, do outro, o sol começava a surgir ao longe. Durante uma hora, flutuámos pelos vales, rodeados de céu e silêncio. A poeira do deserto cobria tudo como um fino manto invisível.


Avistámos o Vale dos Reis, onde os arqueólogos, apesar da hora matutina, já estavam a escavar os sarcófagos dos faraós das últimas dinastias, e o Templo Mortuário de Hatshepsut, a grande esposa real, regente e rainha-faraó do Antigo Egito. Todas as necrópoles foram construídas na margem oeste do rio Nilo, na direção do sol poente. A margem direita estava destinada à residência dos vivos, onde o sol nasce cada dia.


No último dia do cruzeiro, fomos guiados até ao African Cuisine Restaurant pelo Mohamed. Sentámo-nos no terraço com vista para o Nilo e ao lado de uma ventoinha gigante que expelia o ar quente. Os termómetros marcavam 42º. O nosso guia sugeriu a sopa de legumes, baba ganoush (uma espécie de húmus, mas de beringela), beringela frita com tahine e shawarma de frango e vaca. Tudo simples e delicioso.


Muito perto, um senhor com ar compenetrado, filosófico, observava a vida a passar, estaria a fazer grandes reflexões sobre a vida. Ficámos nostálgicos a olhar para ele, no mundo ocidental em que vivemos, aquela compenetração perdeu-se devido às distrações e à azáfama do nosso dia-a-dia.


Foi muito difícil dizer adeus depois de cinco dias tão mágicos, em que abandonámos momentos inesquecíveis e amigos para a vida.


O Mohamed foi, sem dúvida, uma das pessoas que marcou esta viagem. As suas piadas intercalavam qualquer momento em que a partilha da sua sabedoria sobre egiptologia se tornava demasiado séria. Também foi ele quem nos deu uma visão real e completa da vida atual no Egipto. No final, faltou-me o abraço de despedida que ele deu aos rapazes, mas o respeito e a cultura dele assim o exigiam.


Templo de Hatshepsut incrustado na montanha, Egipto
Templo Mortuário da rainha Hatshepsut.

A fatiga era tal que ansiávamos por dias de descanso à beira-mar. Fomos de autocarro, as três prometidas horas passaram, lentamente, a cinco e meia. Seguindo pela margem direita do rio Nilo, atravessámos várias povoações. A estrada era má e a condução inconstante. Chegámos ao nosso último destino da viagem já de noite.


Foi só no dia seguinte que explorámos o nosso resort em Hurghada, no mar Vermelho.


Foram as águas deste mar que Moisés separou para dar passagem aos Hebreus na sua fuga do Egipto e onde se afogaram as legiões do faraó que os perseguiam.


Atualmente, é uma zona balnear muito turística e popular, principalmente entre os europeus de leste. As jovens árabes, com quatro ou cinco filhos ao seu redor, muito cobertas pelas suas burcas, conviviam lado a lado com as raparigas russas e ucranianas, muito brancas e esguias, nos seus reduzidos biquínis.


Os dias no mar Vermelho resumiram-se a mergulhos infinitos, almoços no bar da praia, sestas nas espreguiçadeiras, cocktails na piscina e jantares ao ar livre nas noites quentes de verão.


Os guarda-sóis do nosso resort em Hurghada; Kitesurf; As variações do azul do mar Vermelho; Pôr-do-sol na praia.
O mar Vermelho é muito famoso pela exuberância da sua vida marinha, incríveis corais e peixes de todas as espécies. Uma manhã bem cedo, saímos de barco rumo à ilha Paradise com o capitão Shaade e a sua tripulação. Fizemos duas paragens para mergulhar. Não podia acreditar no que via enquanto descíamos com as garrafas de ar às costas: centenas de peixes de cores elétricas, formas e tamanhos variados, nadavam atarefados pelo recife de coral.

No barco, fiz amizade com a Karma, uma menina de 6 anos que viajava com a família. Depois de descobrir que eu sabia contar até 10 em árabe, teve profundas conversas comigo, mas unilaterais, pois eu era incapaz de lhe responder.


Chegámos a ilha Paradise e, sem grandes surpresas, era efetivamente um paraíso. A água límpida, de um azul mais claro que o céu, quente e apetecível. Os guarda-sóis feitos de folhas de palmeira secas davam um ar pitoresco à praia cheia de turistas. Demorámo-nos aqui uma hora e regressámos ao nosso hotel.


Chegada à ilha Paradise; A Karma.

De antemão sabíamos que quando viajamos estamos predispostos a absorver uma quantidade interminável de experiências, culturas, tradições e novas perspetivas. Mas o Egipto cativou-nos como nenhum outro lugar. Deixou um vazio que só será colmatado quando regressarmos.


Esta viagem começou no Cairo, podem ler o roteiro completo sobre os cinco dias que passámos na capital do Egipto aqui.

 

Como chegar How to get there

Optámos por voar com a Egyptair desde o Cairo para Assuão, é a opção mais rápida, mas também a mais dispendiosa. Como alternativa, há autocarros e comboios que fazem a ligação Cairo-Luxor ou Cairo-Assuão durante a noite.


Como se deslocar How to move around

Onde melhor se disfruta do passeio histórico entre Luxor e Assuão é a bordo de um navio de cruzeiro. Há imensas empresas a operar este circuito, quer num sentido quer noutro. Optámos por reservar através do Viator o cruzeiro de três noites que começava em Assuão. A viagem a Abu Simbel e o passeio de balão de ar quente estavam incluídos, as entradas nos monumentos e as gorjetas não. bit.ly/43087RO


Uber em Luxor, Assuão e Hurghada e é o meio de transporte mais fácil de usar para nos deslocarmos dentro das cidades.

De Luxor para Hurghada fomos de autocarro com a companhia GoBus. Os autocarros são muito modernos e confortáveis. Parte da viagem foi à beira do Nilo atravessando várias povoações, demorou quase 6h, embora nos tivessem comentado que seria mais rápido. Um bilhete de ida custou 150 EGP. bit.ly/40MJ42K


Onde dormir Where to sleep

Ao reservar o cruzeiro pelo Nilo, as dormidas foram todas no camarote do navio.

Em Hurghada, há resorts em toda a costa, variando os preços, dimensão e localização.

Optámos por pelo Stella Di Mare Beach Resort & Spa em regime tudo incluído. bit.ly/3Da84VW Onde comer Where to eat

Todas as refeições foram feitas do restaurante do cruzeiro ou no resort, com exceção do African Cuisine Restaurant em Luxor. bit.ly/42VQLpj


O que visitar What to visit

Durante a semana que viajámos pelo Nilo, o Governo do Egipto, para impulsionar o turismo, ofereceu um desconto de 50% na entrada de monumentos, por isso os preços apresentados podem não corresponder aos preços atuais.


Assuão a 950 quilómetros do Cairo, é a cidade mais a sul do país situada na margem oriental do Nilo. Tem uma população de um milhão e meio de habitantes.


Barragem de Assuão construída em 1960, esta barragem foi uma das construções mais importantes no Egipto. Permite controlar o caudal do rio a fim de mitigar as cheias regulares e as secas ocasionais. Também gera a grande parte da eletricidade consumida no país. Com a edificação da barragem criou-se o maior lago artificial de África, o lago Nasser. Cerca de vinte monumentos, erguidos nas margens do rio, iriam ficar submersos, mas a UNESCO interveio e muitos dos complexos arqueológicos foram transferidos para locais próximos do original ou foram oferecidos a países que ajudaram no processo, como por exemplo o Templo de Debod em Madrid. Preço: 100 EGP.


Templo de Philae dedicado a Ísis, a deusa com cornos de vaca, foi construído durante o período ptolemaico e romano. A fusão de estilos presente na arquitetura do templo revela a permeabilidade do império romano à religião egípcia. O culto a esta deusa perdurou até ao ano de 535, embora há muito que o cristianismo fosse a religião oficial. Atualmente, podemos visitá-lo na pequena ilha de Agilkia no meio do rio Nilo, para onde foi trasladado com o apoio da UNESCO quando se construiu a barragem de Assuão.

Preço: 90 EGP.


Aldeia Núbia um passeio pelo Nilo num pequeno barco ao final da tarde, levou-nos até à aldeia Gharb Soheil. Aqui vive uma pequena minoria étnica, indígena do sul do Egipto e do norte do Sudão. Visitámos as pequenas lojas distribuídas ao longo de ruas de terra batida, que vendem artesanato local em madeira ou alabastro, especiarias e chás.


Abu Simbel a 4 horas de carro de Assuão e perto da fronteira com o Sudão. Aí comtemplámos um dos templos mais impressionantes do Egipto. Foi mandado construir por Ramesés II em 1284 a.C. na encosta de uma montanha. Este importante faraó fez-se representar quatro vezes nas quatro esculturas colossais da fachada. O segundo templo do complexo pertencia à sua esposa, a rainha Nefertari. Também estes monumentos foram removidos do local original, em 1964, e recolocados nas bermas do lago Nasser. Preço: 135 EGP.


Templo Kom Ombo situado nas margens do rio Nilo, é o único templo dedicado a dois deuses, Sobek, o deus crocodilo, e Hórus, o deus falcão. Foi restaurado no final do século XIX. Aqui podemos encontrar um nilómetro, um poço que permitia medir as flutuações do nível da água do rio Nilo. Muito próximo, encontra-se o Museu dos Crocodilos Mumificados. Preço: 70 EGP.


Templo de Edfu atravessámos a povoação de Edfu numa carruagem puxada por cavalos e chegámos ao templo dedicado a Hórus. As suas paredes estão repletas de relevos dos deuses egípcios. Preço: 90 EGP.


Luxor a antiga capital religiosa, Tebas, situa-se a 670 km a sul do Cairo e é uma das cidades mais importantes do país. Frequentemente descrita como o maior museu ao ar livre do mundo, alberga alguns dos monumentos mais importantes da antiga civilização egípcia. Luxor está repartido entre as duas margens do rio Nilo. No Antigo Egipto, considerava-se que a margem oriental estava destinada aos vivos, por isso é onde se encontram os templos dedicados às divindades da mitologia egípcia, e a margem ocidental era consagrada aos mortos, onde se encontram importantes necrópoles.


Templo Karnak na margem oriental do Nilo, é o maior templo do Antigo Egipto que sobreviveu ao passar dos anos. Foi sucessivamente mandado ampliar por diversos faraós, levando quase dois mil anos até ficar concluído. Pilares infinitos, colunas trabalhadas e imponentes obeliscos fazem parte deste complexo. Preço: 100 EGP.


Templo de Luxor na margem este da cidade, é um dos templos mais antigos usados continuamente no mundo. A sua construção remonta ao século XIV a.C. e contém uma mesquita aberta ao culto no seu interior. À entrada, somos recebidos por um obelisco gigante cujo par se encontra na Place de la Concorde em Paris. Frescos coptas e cruzes cristãs sobrepõem-se a hieróglifos e elementos islâmicos foram acrescentados aos greco-romanos, tornando este templo riquíssimo em arquitetura de diferentes épocas. Preço: 80 EGP.


Passeio de balão de ar quente pela margem oeste de Luxor, perto do templo da Rainha Hatshepsut. Ver o nascer do sol a 450 metros de altura, com a lua a pôr-se no lado oposto, sob a tranquilidade de um balão de ar quente foi dos espetáculos naturais mais bonitos a que assistimos. O nosso balão transportava 16 pessoas. hodhodsolimanballoons.com/


Colossos de Memnon as duas estátuas colossais de Amenófis III têm 14 metros de altura e pesam 700 toneladas cada uma. As guardiãs do templo funerário do faraó foram construídas há 3.400 anos.


Vale dos Reis situado na margem ocidental de Luxor situa-se a principal necrópole do Reino Novo, onde os faraós mandaram escavar as suas tombas no interior da montanha para proteger as suas múmias e tesouros pessoais e, assim, passarem despercebidos aos olhos dos assaltantes de túmulos. Até agora foram descobertos 62 túmulos, sendo o mais importante o do faraó Tutankhamon pelo valor do seu conteúdo. Cada túmulo é composto por galerias, passagens, repletas de colunas, gravuras, retratos, hieróglifos ao longo das paredes, preservados com as cores originais. O nosso bilhete incluía a entrada a 3 túmulos, visitámos o do Merebetah, Ramsés III e Ramsés IX. Preço: 124 EGP.


Templo de Hatshepsut o templo da rainha mais famosa do Egipto e primeira mulher chefe de governo da História. Escavado na rocha, na encosta de uma montanha, é arquitetonicamente majestoso. Os sacerdotes do templo realizavam rituais em honra a Ísis e Osíris. Mais tarde foi utilizado como mosteiro por monges cristãos. Preço: 72 EGP.


Snorkeling e mergulho o mar Vermelho é reconhecido mundialmente pelos seus corais e pela variedade de espécies de animais marinhos que o habitam. O nosso resort em Hurghada tinha um centro de mergulho, contratámos o passeio de barco de um dia que incluía duas paragens para fazer snorkeling e mergulho em diferentes corais, bem como a visita à ilha Paradise. Não recomendo fazer mergulho se não possuírem o certificado internacional de mergulho. O almoço a bordo do barco estava incluído e era delicioso. pianodivingclub.com/


Onde comprar Where to shop

Mercado da Aldeia Gharb Soheil à saída de quase todos os monumentos há lojas de souvenirs, mas onde encontrámos peças mais autênticas e únicas foi nas barraquinhas da aldeia núbia. Aqui temos a certeza de que tudo é produzido artesanalmente e assim, ao adquiri-las, contribuímos para a comunidade local.


Thutmoses Perfumes Palace em Assuão, o nosso guia conduziu-nos até esta experiência sensorial do mundo dos perfumes, óleos e essências. Numa loja muito bonita, com frascos de vidro feitos à mão e com detalhes impressionantes, sentimos os efeitos benéficos da aromaterapia. Dão explicações completas em inglês ou espanhol e, no final, podem comprar os frasquinhos do tamanho que desejarem.

 

Aqui está o mapa com todos os locais mencionados no post:




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